A maioria dos pesquisadores da Bíblia afirma que os rolos do Mar Morto foram copiados e preservados por um grupo de judeus que levavam uma vida monástica e que eram conhecidos como os essênios (“os piedosos”). Esses judeus, quase que exclusivamente homens, viviam numa comunidade no deserto chamada de Qumran. O lugar era uma pequena aldeia cercada de muros numa serra irregular e desolada, próxima às encostas do Mar Morto, uma extensão de água tão salgada, que os peixes não conseguem sobreviver nela.
Os essênios, aparentemente, romperam todas as ligações com outros judeus em torno do ano 152 a.C., quando um líder judeu na vitoriosa guerra de independência da Síria declarou-se o novo Grande Sacerdote. Como os saduceus e os fariseus, os essênios representavam um ramo distinto da fé judaica, assim como batistas, anglicanos e católicos representam diferentes formas de cristianismo.
Quando se apartaram da sociedade judaica, os essênios levaram consigo escritos judaicos sagrados, que eles preservaram fazendo cópias dos mesmos. Soldados romanos que esmagavam uma rebelião nacional judaica dizimaram a aldeia no ano 68 d.C.. Os essênios ocupavam um local privilegiado no alto desfiladeiro e, provavelmente, tenham podido ver o exército se aproximando a quilômetros de distância. Foi, talvez, nesses momentos de tensão que os líderes do povoado decidiram esconder os rolos nas cavernas próximas.
Muros destruídos pelo fogo e pontas de flechas romanas encontradas nas ruínas de Qumran confirmam que a aldeia teve um fim violento.
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